Células-tronco que salvam vidas podem ser regeneradas em cordão umbilical danificado, afirma estudo

Você sabia que o cordão umbilical de um recém-nascido abriga células-tronco que salvam vidas, como linfoma e leucemia? Esta é uma das principais razões pelas quais os pais, hoje em dia, optam por armazenar o sangue no cordão umbilical de um bebê. Notavelmente, se a gravidez for afetada pelo diabetes gestacional, as células-tronco do cordão umbilical serão danificadas, tornando o cordão inútil. No entanto, um estudo, realizado por bioengenheiros da Universidade de Notre Dame, fala sobre uma nova estratégia que pode restaurar as células-tronco danificadas e permitir que elas cresçam novamente em novos tecidos. Sob a nova estratégia, cada célula-tronco danificada recebe uma mochila de nanopartículas.

Conforme estudo, cada nanopartícula esférica, com 150 nanômetros de diâmetro, tem a capacidade de armazenar o medicamento e transferi-lo lentamente para as células-tronco.

Donny Hanjaya-Putra, professor assistente de engenharia aeroespacial e mecânica, programa de pós-graduação em bioengenharia em Notre Dame, dito, “Cada célula-tronco é como um soldado. É inteligente e eficaz; sabe para onde ir e o que fazer. Mas os 'soldados' com quem estamos trabalhando estão feridos e fracos. Ao fornecer a eles essa “mochila” de nanopartículas, estamos dando a eles o que eles precisam para trabalhar de forma eficaz novamente.”

Mais tarde, os pesquisadores realizaram um experimento nas células danificadas, removendo as “mochilas”. Após exame, concluiu-se que as referidas células formavam tecidos imperfeitos. Já o resultado com “mochilas” mostrou a formação de novos vasos sanguíneos

De acordo com Hanjaya-Putra, seu estudo tem o “caminho mais claro de qualquer método desenvolvido até agora”. Ele acrescentou: “Os métodos que envolvem a injeção do medicamento diretamente na corrente sanguínea trazem muitos riscos e efeitos colaterais indesejados”.

Hanjaya-Putra e sua equipe acham que essa abordagem pode ser útil durante complicações na gravidez, como pré-eclâmpsia. O pesquisador acrescentou: “Em vez de descartar as células-tronco, no futuro, esperamos que os médicos possam rejuvenescê-las e usá-las para regenerar o corpo”. Citando um exemplo, Hanjaya-Putra acrescentou: “Por exemplo, um bebê nascido prematuramente devido à pré-eclâmpsia pode ter que ficar na UTIN com um pulmão formado de forma imperfeita. Esperamos que nossa tecnologia possa melhorar os resultados de desenvolvimento desta criança.”

fonte